Quantas vezes viram esta porcaria?

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Texto de opinião a uma fotografia de Yann Arthur-Bertrand


Monte Fuji, 富士山 em japonês, montanha situada no Japão, na ilha de Honshu. Com 3776 metros de altura, o monte Fuji é um vulcão activo, apesar do risco de erupção ser baixo. A lenda da sua criação é que um gigante tinha o sonho de  entulhar o oceano Pacífico, passou uma noite a desper sacos de areia, quando desistiu e despejou os últimos sobre o Japão criando o monte Fuji. Mas o meu fascínio por esta imagem advem de eu ser um grande fã da cultura e mitologia japonesa. Como o templo no seu cimo. Acho que o monte Fuji é um local que tranmite calma e serenidade. Aokigahara Jukai, é uma floresta na base do vulcão onde se diz que os espíritos suicidas levam as pessoas ao suicídio. Muitas lendas falam de que goblins, duendes, fantasmas, monstros vivem na Aokigahara Jukai (mar de árvores), estas criaturas criam um ambiente misterioso, que me faz querer ir visitá-lo.

Acho que é um lugar que merece destaque e deveria de ser visitado. A energia que este transmite, o seu poder, a sua veneração e a suas histórias tornam-no num ponto de interesse.

A fotografia aérea de Yann Arthur-Bertrand mostra todas estas emoções. este monte é um local turístico também pelos seus 5 lagos que o rodeiam. Lago Yamanaka, Lago Shoji, Lago Sai, Lago Motosu e Lago Ashi tornam-no num local para quem quer descansar fora a confusão citadina, porque tem lagos termais, templos, monumentos, fauna e flora que merecem ser visitadas.

Até Santiago de Compostela

        -Olá, bons olhos te vejam meu caro amigo, já não te vejo desde que fui a Santiago de Compostela. Meu ente querido ainda não te contei esta história de quando viagem com a rainha e as suas aias. Bem senta-te e aprecia a minha história do trovador “Eremita dos Seis Caminhos”, sobre a Rainha de Portugal e as suas aias.
       - Então vamos ouvir a tua história, Ricardo, o “Eremita dos Seis Caminhos”.
       Certo dia, chamam-me para ir falar com o Rei. Ao chegar pergunto:
      -Que quererdes de mim, Majestade?
      -Quero que acompanhes a minha Rainha e as suas aias até Santiago de Compostela.
      - Se sois este o seu desejo, assim será feito.
      Partiríamos no dia seguinte como previsto e viajaria na carruagem real com a Rainha. Mas antes teria de preparar algumas coisas. Comecei por arrumar uns cancioneiros que possuía com as melhores cantigas que tinha. Os cancioneiros da Ajuda e Colocci-Brancuti. Pegava em alguns sonetos musicais, enquanto arrumava roupa e outros instrumentos. Partiríamos pela manhã.
      Passaram-se 2 semanas, até que chegávamos a Santiago de Compostela. Ao sairmos da carruagem, disse:
      -Vós quererdes ir ver a tão famosa catedral, eu vou aproveitar para coleccionar maia cantigas.
      E assim fui à procura de outros trovadores que queriam trocar cantigas. Eu troquei as famosas cantigas de amigo, portuguesas de origem. Por cantigas francesas, as cantigas de amor. Encontraria, ainda, mais à noite cantigas de escárnio e maldizer sobre outros reinos e países.
      Já à noite numa taberna descobri, que as origens das cantigas de amor eram o Sul de França e as de amigo da Península Ibérica. E é esta a minha história.
      -Mas, só uma coisa, podes me explicar o que são isso das cantigas, “Eremita dos Seis Caminhos”?
      -Claro, as cantigas de amor retratam a história de grandes cavaleiros à procura das donzelas. As de amigo de simples mulheres, que começa a sua vida amorosa, criadas pelo povo, são de simples memorização. E nas de escárnio e maldizer, são cantigas sátiras que fazem uma crítica à sociedade da época.
      -Obrigado, até outro dia.